O coração levou Thais Monteiro a se apaixonar por Hamburgo. Consultora de logística e atuando simultaneamente no ramo de cura e bem-estar, ela visitou o destino pelo menos uma vez por ano entre 2017 e 2022. Thais, que descreve a cidade como excepcional, contou toda sua experiência nesse pedaço da Alemanha. Confira agora!
1. O que te levou a escolher esse destino?
O que me levou a Hamburgo foi o coração! Por um grande amor! Fui escolhida! Nunca pensei em viajar à Alemanha antes desta história acontecer.
2. Quais pontos turísticos você conheceu?
Hamburgo é grandiosa. É a cidade mais rica e sofisticada da Alemanha, e eu não estou dizendo isso porque amei estar lá, apenas. Qualquer pessoa que pise por lá, vai sentir sua grandeza.
Minha chegada à Alemanha se deu pela primeira vez pela famosa cidade de Berlim, que me marcou como um lugar pulsante, misto e muito “vivo”. Após, quando cheguei à Hamburgo, o impacto foi inesperado! Totalmente na contramão do que eu poderia ter suposto, Hamburgo é silenciosa, verde, linda, moderna, reluzente e elegante.
Seus lagos e parques em meio ao centro da cidade nos convidam para aproveitar uma boa companhia, a ter um momento de relaxamento após o trabalho, a caminhar, andar de bicicleta, de patinete, à prática de esportes ao ar livre, ou apenas estar consigo, olhando a natureza. É um oásis para quem gosta viajar, experimentar muitos lugares culturais, gastronomia de todo o mundo, mas que também é repleto de refúgios verdes que nos trazem calma e paz.
(Foto: Acervo pessoal/Thais Monteiro)
Hamburgo é uma cidade portuária, fica ao Norte da Alemanha, é conectada ao Mar do Norte pelo rio Elba. Se tornou um grande polo econômico devido à intensa atividade comercial e um local de convergência de pessoas de todo o mundo.
Porém diferente do que se poderia esperar de uma cidade de porto, o Speicherstadt, que é o bairro de armazéns onde se guardavam os produtos que chegavam dos navios, foi totalmente renovado a partir de um ambicioso projeto de urbanização chamado HafenCity. Agora abriga cafés, restaurantes maravilhosos, museus, casas de espetáculos e preserva a arquitetura antiga, porém com um toque muito moderno e bonito por onde se passe.
(Foto: Acervo pessoal/Thais Monteiro)
Os lugares que visitei e adorei:
Reeperbahn
Famosa rua que concentra os night clubs em Saint Pauli, um local efervescente para o entretenimento, e para quem gosta de madrugadas mais “quentes”. Há uma história interessante nesta rua, por onde os Beatles se apresentaram no início de sua carreira por dois anos, e julga-se que ali aprimoraram sua performance.
Elbphilarmonie
É um prédio lindo e imponente dedicado a várias salas de concerto que foi construído em frente ao rio Elba. É visível à distância pois tem uma altura de 108 metros e, certamente, é a imagem mais simbólica de Hamburgo. Foi resultado de um projeto ousado para que a cidade tivesse as maiores e mais acusticamente avançadas salas de concerto do mundo. É exuberante e lindo! A sua arquitetura lembra uma vela de embarcação ou a uma onda no mar.
(Foto: Acervo pessoal/Thais Monteiro)
Elbphilarmonie
Assistir um concerto na Elbphilarmonie é obrigatório e excepcional! Lá eu tive a chance de assistir um show do Buena Vista Social Club. Imagine minha emoção! Não paga para entrar e visitar a sua área superior, onde há restaurantes e uma vista de 360 graus para o bairro. Imperdível para as melhores fotos do alto!
Visitei também um bairro lindo e bucólico chamado Blankenese! Almoçar num dos seus restaurantes à beira do rio, contemplando a vida, foi maravilhoso. No centro da cidade há o imponente Rathaus (parlamento) que pode ser visto do lago Binnenalster. É lindo! Belíssima arquitetura.
Lago Alster
Passear pelo entorno deste lago, cheio de árvores e espaço para relaxar, onde as pessoas usam seus stand-ups, fazem passeios de barco e canoas. Além disso, possui uma ciclovia bem-sinalizada e extensa. Para quem adora andar de bicicleta, como eu, é divino!
(Foto: Acervo pessoal/Thais Monteiro)
A Jungfernstieg é uma rua que pode ser interessante para quem curte compras nas lojas de moda consideradas as mais sofisticadas do mundo. O International Maritime Museum, situado na Hafen City, é impressionante também e guarda objetos que contam a história da navegação. Antes de pegar um barco e ter uma experiência de um passeio pelo rio Elba, vale a pena!
Andar em meio ao Speicherstadt, o complexo de galpões de tijolos vermelhos, que é tido como o maior complexo de armazéns do mundo, é de cair o queixo! É de uma arquitetura única, super preservado, tem uma iluminação linda ao cair do dia e foi construído à beira dos canais de modo a facilitar que a movimentação de mercadorias ocorresse por barcos menores. Hoje essa região foi toda revitalizada e concentra belíssimos (e deliciosos) cafés! Um dos meus passeios preferidos é andar por ali.
(Foto: Acervo pessoal/Thais Monteiro)
3. Quais aspectos culturais, como gastronomia, hábitos e eventos, você teve a oportunidade de conhecer e experimentar?
Nestas inúmeras viagens à Alemanha pude experimentar muito a cultura, a gastronomia e estar junto aos nativos, o que me deu uma dimensão do que é viver neste país tão interessante! Mas gostaria de destacar um ponto relevante sobre a cultura dos alemães, que é a sensação de liberdade no corpo.
A visão do corpo é completamente diferente da perspectiva erotizada que temos no Brasil, então é comum as mulheres fazerem topless nos parques e praias sem serem importunadas. O movimento Freikörperkultur (ou FKK) significa essa cultura do “corpo livre”. Visitei uma praia de nudismo e foi uma das experiências mais intensas e reveladoras para mim. Estar à vontade como você é, sem julgamentos, apenas experimentando a leveza de estar à vontade consigo mesmo, nua e livre, foi extraordinário!
4. O que mais chamou sua atenção ao longo do período no local?
A cidade é feita para as pessoas viverem, com bem-estar! A utilização dos espaços públicos é incentivada porque tudo é bem cuidado, limpo e seguro. Então há um usufruto dessa beleza por toda a população de forma plena.
Outro ponto que destaco é que não há limites de idade para se aproveitar, a população está envelhecendo e mantêm-se ativa, no trabalho e na diversão. É comum se ver pessoas bem idosas andando de bicicleta, de patinetes nas ruas, lindo de ver!
(Foto: Acervo pessoal/Thais Monteiro)
5. É um lugar acolhedor?
De modo geral, sim. Acolhedor e muito seguro! Mas há um problema em alguns lugares na Alemanha, que é a língua. Pode ocorrer de estar em um local onde não se fale inglês e dar contração ouvindo um alemão falando sua língua (cheia de palavras que aos nossos ouvidos podem parecer um pouco rude). Porém, se o turista não se importar e relaxar, vai sentir a vibe do local e certamente amará!
6. Qual foi a sua melhor experiência no local?
Logo que cheguei! Viajei no verão e a cidade fica especialmente mais linda nesta época. Minha visão na chegada à Hamburgo pela primeira vez foi encantadora e marcante: muitas árvores, os lagos, os prédios baixos e as pessoas passeando, mas, ao mesmo tempo, havia um silêncio. As pessoas falam baixo e preservam uma atmosfera muito acolhedora.
7. O que uma pessoa que está indo pela primeira vez não pode deixar de conhecer/fazer?
Passear de barco e avistar a cidade a partir do Rio Elba.
8. Se tivesse a oportunidade, voltaria para lá?
Sem dúvida! Hamburgo está no meu coração e quero visitá-la sempre que puder!
Comments